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Charles Theone



Maracatu no Terreiro é samba, avisa o cantor, ator e compositorCHARLES THEONE em uma das faixas do disco que reúne dez canções autorais, cheias de vigor, suingue, charme e poesia.

Nome conhecido na cena musical de Pernambuco, natural do sertão profundo, CHARLES apresenta um trabalho ousado e multifacetado. Entre o amor e a insolência universais, sua marca é a mistura de ritmos com alma pop e pés fincados na identidade brasileira, planetariamente nordestina, espiritualmente afro-panamericana.

Em músicas como “Pai do Samba”, “Noite Negra” e “Festa dos Orixás”, convivem samba e soul, funk e maracatu, santos, guerreiros, poetas e DJs. Outros temas, como “Estrela da Paz” e “Chicos e Franciscos”, explicitam o Pernambuco rock, das matrizes da contracultura recifense ao beat pós-mangue que transmuta o folclore em contemporâneo e transcende a tradição em atemporalidade.

Enquanto “Maçã Dourada” envenena o xote buliçoso com a pureza sensual dos amantes, “Doce” reverbera uma sedutora bossa’n’roll de salivas tropicais que saboreiam íntimas e irresistíveis melodias.

E tome calango e cyber capoeira em “Cuidado com Mané”, toada e maracatu em “Olinda Cidade Mulher”, afro-pernambucanidade high-tech em “Como quem não quer nada”, parceria com o percussionista Jam da Silva, com participação poderosa da cantora Daúde.

A produção e direção musical são de Paulo Rafael, o mago da guitarra cujo som há décadas emoldura os clássicos de Alceu Valença.

Por falar em Alceu, Charles é um dos protagonistas, ou antagonista, do filme “A Luneta do Tempo”, escrito e dirigido pelo bardo de São Bento do Una. Na tela, ele encarna o vilão Antero Tenente, com cara de malvado favorito e coração de eterno menino do Brasil.

Com um currículo que inclui participações dentro e fora do país no Maracatu Nação Pernambuco e no Balé Popular do Recife, com dois elogiados álbuns solo anteriores, CHARLES THEONE expressa um Brasil que balança e incendeia os carnavais. Como quem não quer nada, ele abraça o mundo, arrodeia a gente, corre sem parar.

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